quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Arquitetura Pós-Moderna



Arquitetura Pós-Moderna, nada mais é do que um termo usado para definir as novas propostas arquitetônicas à partir dos anos 60, assim como fazer uma crítica ao movimento anterior, conhecido como arquitetura moderna. Uma crítica ao excesso de funcionalidade, onde a forma seguia a função... No pós-modernismo prevalece o impacto visual.

Seu auge se dá nos anos 70 e 80 em diante, e para entender essa nova proposta, faço lembrar as palavras do escritor Jair Ferreira dos Santos, em seu livro O que é Pós-Modernismo:

"Pós-Modernismo é coisa típica das sociedades pós-industriais, baseadas na informação - EUA, Japão e centros europeus. À rigor, nada tem a ver com o Brasil, embora já se assista a um trailer desses por aqui!

Inicialmente, na Arquitetura Pós-Moderna, a cenografia muitas vezes sobrepunha o abuso da técnica, e ainda podemos encontrar obras com um total desligamento das relações entre interior e exterior, cheia de misturas de estilos históricos, metáforas, ironias, e valores desconexos com a realidade, excesso de ornamentação, composição e descomposição de elementos construtivos, colagem, e uma quebra total das referências históricas modernistas. É a época do vale-tudo tudo para alguns, e a morte da arquitetura moderna para outros...

O maior desafio dos arquitetos pós-modernos, é conseguir resolver a separação entre o "gosto" das elites que criam os ambientes, e os diferentes tipos de público que irão utilizar esse determinado espaço. 
Se antigamente o cliente não participava diretamente da idealização do projeto, agora ele passa a ser o protagonista juntamente com o arquiteto, pois a sociedade da informação permite que o público participe, cabendo ao arquiteto traduzir esses "diversos gostos", com bom senso.

A Arquitetura Pós-Moderna, pode ser ainda chamada de Arquitetura Contemporânea, podendo ser definida em 3 correntes básicas:

- Historicista
- Regionalista
- High-Tech

As duas primeiras estão mais ligadas aos valores históricos e locais, enquanto que a última, usa e abusa de novas tecnologias e detalhes construtivos.

Apesar das divergências entre vários grupos de estudiosos, em relação ao surgimento ou não da arquitetura pós-moderna, é válido lembrar que a sociedade do séc. XX e início do XXI tem passado por transformações culturais numa velocidade nunca antes vivenciadas pelo ser humano. E isso se reflete em todas as artes, ciências, inclusive na arquitetura.

Se tivemos aventureiros pós-modernos no início do século XX, com o passar dos anos, também tivemos excelentes representantes, que souberam aliar a tecnologia futurista a criação de espaços inovadores e funcionais... E por falar em Arquitetura Contemporânea, High Tech, e com bom senso (rsrs)... Na minha opinião, o grande representante é o arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, o mais criativo dos últimos tempos! Um grande ídolo!

Calatrava nasceu em Valência em 1951, formou-se em arquitetura no ano de 1974, mesmo ano em que foi estudar engenharia-civil, graduando-se em 1979.
Sempre inspirado por formas orgânicas e surrealistas, tais como seres da natureza, esqueletos, antropomorfismos, o grande desenhista soube expor tudo isso em suas obras, aliando o domínio técnico das estruturas a estética, criando um estilo próprio, único, e majestoso!


Dentre os seus projetos, vou chamar a atenção para este em especial: Cidade das Artes e das Ciências - Valência - Espanha (1990):


O projeto inicial era definido por uma Torre de Telecomunicações, um Planetário "The Hemisferic", e o Museu das Ciências Príncipe Felipe. Passados alguns anos, o projeto sofreu alterações, substitui-se a construção da Torre pelo Palácio das Artes. 






















1. The Hemisferic - O Planetário. Inspirado na idéia "O Olho que tudo vê". ´Trata-se de uma sala de projeções audiovisuais com recursos tecnológicos avançados, e capacidade para um público de 300 espectadores.

2. Museu das Ciências Príncipe Felipe. Inspirado na frase "é proibido não tocar" (ironia aos museus antigos, onde é proibido tocar em tudo), o museu é um espaço aberto e dinâmico, com, 4.000m², aonde o visitante caminha por diferentes áreas, aonde estão expostas diferentes áreas do conhecimento científico (física, biologia, tecnologia, esportes, construção, comunicação, etc):
3. L'Umbracle é o portal de acesso para a Cidade das Artes e das Ciências. É composto de uma grande área verde de 7.000m², com 300m de comprimento e 60m de largura. 

4. Parque Oceanográfico. Calatrava contou com a participação de Felix Candela e criou uma cidade submarina de 80.000 m², composta de túneis envidraçados, com réplicas perfeitas de setores costeiros, com águas marinhas de diferentes qualidades, permitindo identificar os animais representativos de cada zona da Terra. Possui ainda uma área de recreação, composta de restaurante flutuante submarino, um fonte de espetáculos de luz, som e água, sendo o maior aquário da Europa. Possui ainda áreas envidraçadas para acompanhar o trabalho dos mergulhadores e um túnel submarino de 70m de comprimento.




































 5Palácio das Artes da Rainha Sofia. Inaugurado recentemente, é o último projeto arquitetônico do arquiteto Calatrava para o Conjunto Cidades das Artes e das Ciências de Valência. Trata-se de um edifício de 75m de altura, com 163m de comprimento, onde estão reunidas histórias de obras de vanguarda, de arquitetura, engenharia, ópera, teatro, música, dança, etc. Contando ainda com 03 auditórios:
- Sala principal com capacidade para 1.800 pessoas;
- Sala de câmara para 400 pessoas;
- Auditório ao ar-livre para 2.500 pessoas.






Em breve estarei postando mais obras deste fabuloso mundo chamado ARQUITETURA !


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